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"Os que confiam no Senhor são como monte de Sião, que não se abalam mas permanecem para sempre"

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Crise de Identidade O Capitalismo Selvagem Dentro da Igreja

Estamos vivendo em tempos difíceis, Estamos em crise de sinceridade.
São muitos os homens que falam de Cristo, Porém são tão poucos que falam a verdade.
O dinheiro compra a vergonha dos homens, Dinheiro é linguagem que o mundo entende,
Mas ainda existe crentes verdadeiros, O crente que teme ao Senhor, não se vende.                                                                                  Chagas Sobrinho.                                                                                                                                                 
A grosso modo, capitalismo é a influência ou supremacia do capital ou do dinheiro. Em outras palavras, é um sistema pelo qual alguém investe capital ou dinheiro numa atividade produtiva com o objetivo de gerar lucros. Mas, qual a relação que isso tem com o Evangelho?
Bem. Com o Evangelho genuinamente bíblico, nenhuma; contudo, com o evangelho que muitos pregam em nosso dias, há uma intrínseca convivência. Lamentavelmente, o Evangelho tornou-se para um grande número de pessoas, num meio totalmente eficaz de enriquecimento, numa fórmula perfeita de ascensão financeira.
Grandes empresas, principalmente do ramo fonográfico e editorial, que nunca nutriram nenhum vínculo que o povo de Deus, infiltraram-se no meio evangélico, buscando dessa forma ampliar seus lucros; atingir um “mercado” em fase de expansão, afinal só no Brasil somos mais de 20 milhões! Utilizam-se do Evangelho de forma, muitas vezes, inescrupulosa, bombardeando os crentes com um marketing estrategicamente elaborado, fazendo uso de uma linguagem cristã, dando uma roupagem aparentemente evangélica ou gospel aos seus produtos. É comum ouvirmos falar de “Plano de Saúde Evangélico”, “Cartão de Crédito Evangélico”, “Shopping Evangélico” etc. Em um periódico, uma agência de turismo anunciava uma excursão à “Disney Gospel”. Até Sindicato de Pastores já foi cogitado entre nós!
O capitalismo, sob uma camuflagem cristã, penetrou no seio da igreja, conduzindo muitos crentes ao consumismo exacerbado e ao materialismo desenfreado. O desejo pela prosperidade financeira suplanta, em algumas denominações, o anseio pela intimidade com Deus. E o pior: a ambição pelo dinheiro ganhou respaldo bíblico. Fazem uso da Bíblia para justificar suas doutrinas de prosperidade. O dízimo, que deveria ser dado com o intuito de manter a obra de Deus, tornou-se numa espécie de “investimento” ou numa “fórmula mágica” para se obter dinheiro de Deus: “Se você der tudo, receberá em dobro”, dizem alguns; e outros: “O diabo segura a carteira do crente para ele não dar oferta”.
A famigerada Teologia da Prosperidade, que é motivo de controvérsia entre as diversas denominações evangélicas, ganhou terreno e já é naturalmente aceita por inúmeras igrejas. Em muitos casos é utilizada de forma apelativa, como um chamamento para os que enfrentam algum tipo de dificuldade financeira ou males físicos: “Se Jesus estivesse entre nós, hoje, ele sairia num Boeing particular e compraria emissoras de rádio e televisão para pregar o mais rápido possível a sua Palavra”, foi o que afirmou um pastor ligado ao movimento. Para muitos que compartilham essas idéias, Jesus foi um grande milionário e até usava roupas de grife. Frases tais como “eu peço”, “eu clamo”, “eu imploro”, “eu suplico” foram substituídas por “eu exijo”, “eu decreto”, “eu determino”, “eu reivindico” etc.. São, no dizer de um escritor cristão, os “super-crentes”, àqueles que podem tudo, que estão sempre “amarrando satanás” e que, aparentemente, estão isentos dos dissabores da vida. Todavia não são poucos os relatos de desapontamentos, quando percebem que a vida não é nenhum mar rosas e que, tais quais qualquer outra pessoa, estão sujeitas às mesmas procelas; quando sentem na própria pele, o “espinho na carne”.
A prosperidade financeira transformou-se numa espécie de “femômetro” (ou “fidemômetro”), capaz de medir o grau da fé de alguém: se prosperou, a fé é grande; se fracassou, é pequena. Provavelmente para estes, os crentes da Somália, da Etiópia, de Filipinas, de Serra Leoa, do Afeganistão etc. são todos fracassados, visto que vivem na miséria. Ao contrário, os suecos, os japoneses, os americanos (principalmente estes, que inventaram tal doutrina) são poderosos na fé, uma vez que vivem numa grande bonança financeira. É muito cômodo a quem tem dinheiro e saúde proclamar, como um arauto, que a escassez de dinheiro e a enfermidade significam ausência de fé!
Para esses pregadores, a fé só é fé se vier acompanhada de bênçãos materiais. Eles dizem - categoricamente - que se as nossas orações não estão sendo respondidas é porque não temos fé, e se a temos, ela é deve ser fraca. Não é à toa que muitas pessoas vivem atormentadas por culpas. Sentindo-se fracassadas espiritualmente, perguntam: Será que a minha fé é fraca? Será que estou em pecado?
É deveras angustiante servimos a Deus, crermos na sua Palavra, e ainda assim sermos acusados de falta de fé. Esses “superpregadores” esquecem-se que, não obstante servirmos a um Deus Todo-Poderoso, maravilhosamente Poderoso, infinitamente Poderoso, ainda assim somos humanos, vivemos num mundo onde alegria e tristeza, pobreza e riqueza coexistem relativamente para cada pessoa. Se a chuva vem para os justos e injustos, conclui-se que as dificuldades não são diferentes. Conheço pessoas ímpias que não somente têm dinheiro, como também esbanjam saúde; também conheço pessoas cristãs, sinceramente cristãs, fiéis a Deus, que além de não terem saúde, têm escassez de dinheiro, vivem de aluguel, ganham um ínfimo salário. Também conheço o oposto: pessoas ímpias que não tem nada, vivem na miséria, e pessoas cristãs que tem saúde e dinheiro. A DIFERENÇA NÃO ESTÁ EM NOSSOS BOLSOS, EM NOSSOS CORPOS FÍSICOS: ESTÁ DENTRO DE NOSSOS CORAÇÕES. Se Deus é o nosso estandarte, então as circunstâncias, não importam quais, não impedem que sejamos verdadeiros filhos seus, e isso mesmo diante da pior tempestade. O que nos conforta é sabermos que em nenhum instante estaremos sozinhos. O apóstolo Paulo, diz a Bíblia, tinha um misterioso espinho na carne, e mesmo clamando a Deus não foi respondido. Vale a pena perguntar: será que ele também não tinha fé?
Se formos fazer uma análise dos chamados “Heróis da Bíblia” ou dos “Heróis da Fé”, perceberemos que a vida para eles não foi tão regalada como afirmam hoje os pregadores dessa teologia. Na antiga dispensação, é verdade, os homens de Deus, como Abraão, Jó, Salomão, entre outros, tiveram grandes riquezas; todavia, Moisés, Jeremias, Isaías e outros profetas não as tiveram. Então pergunto: Será que os primeiros eram diante de Deus melhores que os segundos?
Se formos analisar a vida dos homens de Deus, principalmente na Nova Aliança, após o advento de Jesus, concluiremos, começando por Jesus, que a vida para eles não foi tão abastarda assim. A Bíblia afirma que Jesus não tinha sequer onde reclinar sua cabeça. O diabo, quando o tentou, ofereceu-lhe as riquezas do mundo, os tesouros do reino da terra, mas Jesus o repreendeu. Foi Jesus quem disse que o nosso tesouro deve estar nos céus, porque lá a ferrugem não o corrói.  Por que será que em vez de ter nascido num esplendoroso palácio, ele nasceu em uma manjedoura (Tabuleiro em que se põe comida para os animais nas estrebarias)?
Os discípulos de Cristo também não eram ricos. O único que se deixou levar pela ambição, Judas, teve um fim deveras trágico. Quando algumas pessoas ricas chegavam para Jesus, como é o caso de Zaqueu e do jovem rico, foram motivados por ele a dividirem seus bens com o próximo. A Igreja primitiva tinha esse hábito. Diz a Bíblia que os irmãos prósperos dividiam com os menos favorecidos socialmente os seus bens. O apóstolo Paulo não teve, como alguns supõem, uma vida maravilhosa. Muito pelo contrário, sofreu pelo nome de Jesus, não somente açoites, mas prisões, e mesmo a morte. Em uma de suas epístolas, diz ter feito tendas para se manter, não querendo causar peso aos outros. Que diremos de João que, mesmo estando preso numa ilha, permaneceu firme na fé, sem jamais questionar os desígnios de Deus?
Não estou fazendo apologia do fracasso, da doença, da pobreza. Não, não é isso! Muito pelo contrário, não há nada de errado em desejarmos ter uma vida bem sucedida; não vejo nenhum problema em querermos uma vida com saúde. Tudo isso é bom e importante, contudo, se porventura nos faltarem essas coisas, nunca devemos achar que por isso não temos fé.
Nossa fé deve ultrapassar o limite humano. Se formos agir conforme a lógica, de acordo com o aparentemente óbvio, estaremos na verdade praticando o contrário da fé. Somos salvos pela fé, portanto, a fé não é uma “fórmula mágica” que faz surgir do nada aquilo que necessitamos. Não, não, não é isso. Oferecer algo a Deus é fé: Abel ofereceu a Deus o mais excelente sacrifício, pelo que, diz a Bíblia, obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus (Hebreus 11:4). Agradar a Deus é fé: Enoque foi transladado para não ver a morte, pois agradava a Deus (Hebreus 11:5). Obedecer a Deus é fé: Noé seguiu os conselhos de Deus, construiu uma arca sob à zombaria de seus conterrâneos, e desta forma deu continuidade à espécie humana (Hebreus 11:7). A fé fez com que Moisés abandonasse o conforto do Palácio de Faraó, para sofrer por seu povo. Muitos, por sua fé, foram apedrejados, provados, perseguidos, humilhados, açoitados, serrados pelo meio, mortos ao fio da espada. Outros, pela fé, tiveram de andar peregrinos, vestidos de peles de ovelhas, necessitados, aflitos, maltratados. Como diz a Bíblia, homens dos quais o mundo não era digno. Viviam pela fé, errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. Mesmo não tendo a concretização da promessa, eles não desistiram, perseveraram na fé. E a fé para eles foi sofrer pelo nome de Cristo. Muitos, movidos pela fé, foram jogados em arenas para serem devorados por leões. E a fé venceu.
E hoje o que é a fé para muitos? É viver regaladamente em suas lindas mansões, é ter o carro do ano, de preferência importado. É possuir saúde, e muitas vezes, fama. Pregar é mais cômodo pela televisão e no rádio. Para que ir à Índia, à Etiópia, à Somália, ao sofrido Iraque, aos submundos das favelas, se é possível viver “rompendo em fé” aqui em meu conforto?
O desejo por riquezas tem conduzido muitos crentes sinceros ao afastamento do verdadeiro Evangelho, da pureza e santidade da Palavra de Deus. Com frequência surgem novos movimentos que, de início, causam escândalos, porém logo são assimilados, ganham um rótulo evangélico ou gospel e, por ausência de questionamentos, passam a servir de modelo até mesmo para os mais conservador.



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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Família um projeto de Deus

Família, o lugar onde o ser humano recebe não só os cuidados físicos, mas também os cuidados emocionais, o amor, onde aprende a conviver em comunidade, compartilhando bens e recursos, adquire valores para vida em sociedade, adquire senso de limites que o faz sentir-se seguro e incluído, e assim ganha estrutura para prosseguir na estrada da vida.
Nos dias atuais, que podem ser chamados de pós-modernos, os valores tradicionais são questionados e quebrado há ênfase no individualismo, no belo, no eficiente, no novo, no imediato, no prazer, na ausência de fronteiras e de limites. Esta forma de ver o mundo e de relacionamentos entra em choque com os preceitos da estrutura tradicional familiar.
Com isso, nas últimas décadas, a família é uma das instituições que mais vem sofrendo ataques em sua estrutura tradicional e, em muitos casos, levando-as à dissolução.
Com a degradação da instituição da família a sociedade se enfraquece, a nação se torna mais fraca, e por fim os indivíduos se tornam mais frágeis, inseguros, desprotegidos, cuja felicidade fica baseada no prazer, no consumo, no ter.
As pessoas são avaliadas pelo que tem e pelo que produzem e não pelo que são.
A Bíblia, livro do Gênesis cap. 2, relata que quando Deus criou o homem o criou à sua imagem e o fez conforme a sua semelhança, e disse Deus: “Não é bom que o homem viva só.” (Gn. 2:18).
Com isto, Deus cria a família que traz em sua natureza o mandado de uma pessoa ser ajudadora para o outra, um cuidar do outro, complementando-se mutuamente, criando um ambiente de cuidado e de segurança, e lugar para desenvolvimento das potencialidades individuais.
Conflitos e negociações sempre foram presentes na maioria das relações familiares, o que proporciona o desenvolvimento em seus membros das capacidades de conviver com pessoas diferentes, de saber perdoar e de ser perdoado, de respeitar e ser respeitado, que são fatores muito importantes para a vida em sociedade.
Cuidado com a sua família o diabo anda em derredor furioso bramando como um leão querendo traga-la.
Para manter a família unida e protegida a melhor forma é a oração, a leitura e o estudo da Bíblia em conjunto, a prática de amar e de servir, da cooperação, ou seja, estar perto de Deus, o Criador da família.
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domingo, 14 de junho de 2015

O perigo de ser membro de uma denominação

Certa vez ouvi de um servo de Deus que a igreja é um lugar muito perigoso. Pois a vida em comunhão nos expõe, nos desafia nos convida a conviver com a contradição e a natureza humana de indivíduos que deveriam substituir essa natureza pela de Cristo.
 A cada dia que passa vejo mais e mais que essa é uma grande verdade. A possibilidade de que você será ferido, magoado ou humilhado de algum modo por congregar em uma família de fé é bem plausível, visto que estará convivendo e se abrindo para pecadores cheios de falhas – embora em busca de santificação.
 Na minha visão a segunda pessoa mais importante numa congregação depois de Jesus é o triste, o abatido, o deprimido, o humilhado, o abandonado, o desesperado, o indigno, o ferido que em outras palavras, inconscientemente querem permanecer invisíveis. O que essa constatação deve gerar em cada um de nós? Como devemos agir com relação a essas pessoas feridas?
 Devemos parar de ir à igreja porque podemos acabar saindo dela com o coração dilacerado? A resposta é um grande não, porque embora o mais frequente seja a decepção com os líderes ou outros membros. Sim, porque paredes e templos não ferem ninguém: quem fere são pessoas. Pastores que usam de autoridade desmedida e humilham ovelhas publicamente.
 Irmãos que discriminam pela classe social e pela cor da pele. Pastores que não mantém o sigilo pastoral sobre pecados a eles confessados. Irmãos que usam de artimanhas para tomar “cargos” de outros. Pastores que em vez de ajudar a pôr de pé os caídos esmagam ainda mais o crânio de quem está no chão.
 Irmãos que não demonstram coração perdoador. Pastores que usam o púlpito para fazer desde propaganda política a publicidade de revistas e DVDs. Irmãos que ignoram quem não conhecem e compartimentalizam a igreja em panelas.
 Pastores que agem em causa própria e deixam vidas humanas à própria sorte. Irmãos que não estendem a mão quando mais se precisa de ajuda. Pastores que prometem o que Deus não promete. Irmãos que discriminam da “falta de fé” à forma de se vestir de outros e os consideram cristãos de segunda classe.                                                                                                                               Em comum a todos os casos, o que ficou visível foi uma deficiência no amor ao próximo e a prevalência do interesse próprio.
E essas são só as causas mais frequentes que detectei entre os feridos na igreja. Há mais. A quantidade e a variedade de formas pelas quais é possível ferir alguém por estar inserido no ambiente de uma família de fé são muitas, algumas surpreendentes. E isso é um chamado à responsabilidade para todos nós.
 Os desmandos cometidos por lideranças eclesiásticas, esses problemas se multiplicam tanto que se tornaram visíveis para cada vez mais pessoas – cristãs ou não.
No que tange à liderança, nunca podemos nos esquecer de que há muitos líderes que sabem cuidar de ovelhas, que as põem acima de si mesmos e que entendem que a vocação pela qual Deus os chamou é sobre Jesus e sobre o próximo e não sobre si e que não deixam a vaidade, a prepotência ou os projetos pessoais interferirem no cuidado e no amor pelos irmãos.
 São muitos e estão por aí, em igrejas de diferentes denominações, em diversas regiões do país, em bairros ricos e pobres. O ministério pastoral não entrou em colapso devido ao fato de que há os que pastoreiam com compaixão e graça, com amor e carinho, com cuidado e zelo. Há sim os que usam o púlpito como emprego estável ou os que não entendem a profundidade do amor de Deus e por isso não o refletem em seu pastoreio, mas as maçãs podres ou contaminadas devem servir acima de tudo para nos lembrar de que há maçãs maduras e que alimentam.
 E ainda há muitos homens de Deus à frente de igrejas, é só ter paciência de procurar e pedir discernimento ao Senhor. Recusar ser bem pastoreado é recusar um maravilhoso presente que Deus nos dá.
Já no que tange aos membros, é preciso lembrarmos sempre do velho clichê (que é verdadeiro) de que a igreja não é um museu de santos, mas um hospital de pecadores. Todos, absolutamente todos os membros de uma igreja, são pecadores. Ninguém escapa. Pode ter certeza que o mais santo de todos tem no mínimo pensamentos horripilantes.
 Agostinho teve John Wesley teve Davi teve Salomão teve Paulo teve Pedro teve, eu então nem se fala. Só que isso, em vez de nos afastar da igreja, deve produzir em nós um sentimento de misericórdia, por saber que o próximo é tão pecador como nós e é tão passível de erro como eu e você. Há pessoas responsáveis por atividades importantes dentro de igrejas que cometem pecados cabeludos e, em vez de fugir delas, precisamos orar por elas para que sejam libertas, que alcancem o perdão e para que seus pecados não interfiram na missão que Deus lhes confiou.
 Sempre digo a quem está decepcionado com os irmãos que, se vemos alguém que julgamos ser um “mau cristão”, em vez de empurrá-lo para longe devemos nos aproximar para influenciá-lo positivamente. Pois é o que se encaixa na graça de Deus. Não o medo, mas a coragem.
No que tange a nós mesmos, precisamos lembrar que mesmo sendo a igreja uma assembleia de pessoas imperfeitas e potencialmente passíveis de nos machucar, é onde cultuamos a Deus em comunhão, é onde celebramos o memorial coletivo da Ceia do Senhor. É onde ouvimos pregações (sim, muitas vezes feitas por sacerdotes cheios de falhas) que vão nos edificar, consolar e exortar. É onde podemos encontrar aqueles que de outro modo não saberíamos que precisam de uma mão estendida.
É onde os perdidos tocados por Deus vão, em busca de algo a que a cruz na porta remete em termos espirituais. Já achei baratas no meu prato, comi alimentos estragados em restaurantes, mas não é por isso que vou deixar de ir a restaurantes, pois preciso me alimentar. O medo de comer em outro restaurante não é benéfico, pode me gerar inanição. Assim como o medo de ir a uma igreja porque nos decepcionaram em outra não provém de Deus.
 Se a igreja é um lugar perigoso, é um lugar para os corajosos um erro não justifica o outro. Você já se decepcionou com um líder e/ou um irmão da igreja? Eu sim. Só que o que o outro faz não depende de nós. O que temos poder para mudar é agir a partir de outra pergunta: você já decepcionou um líder e/ou um irmão da igreja? Eu sim. E se você, como eu, reconhecer que causou o mal a alguém, mesmo que tenha sido de modo involuntário, aí está diante de si a grade oportunidade de começar a mudar o que está ruim: procurando mudar ou pelo menos melhorar a si mesmo.
Pois, no que eu mudo e me torno um cristão melhor, uma ovelha menos manchada para meu pastor e um irmão menos decepcionante para os membros da igreja, aí sim estou contribuindo com meu exemplo e minha atitude pessoal para que o Corpo como um todo seja aperfeiçoado.
Então, se fomos feridos na igreja, devemos começar por fazer uma análise de nós mesmos e ver em que pontos nós ferimos os outros. Eliminando esses pontos serviremos cada vez mais de exemplo. Quanto aos que nos feriu, a dor permanecerá pelo tempo que o luto durar e isso independem de nós.
Quantas vezes podemos perdoar? Setenta vezes sete? Todas. Sempre. Repetidamente. E não perdoe só da boca para fora, porque isso é fácil para qualquer um fazer. Perdoe em atitude. Sendo bom para quem te feriu. Ajudando-o. Estendendo a ele benefícios. Auxiliando no que ele precisar. Orando a Deus por sua vida. Essas são as maneiras bíblicas de agir com quem nos machucou. Não importa como o outro se comporta, importa como você se comporta. Faça sua parte. Pense menos em si e mais em Cristo.
A mudança começa em nós. Menos dedos apontados, mais lágrimas no travesseiro. E quando você conseguir ser alguém melhor ajude os demais. A começar estendendo amor de forma prática a quem te fez mal. E aí haverá festa no Céu, porque você poderá estar sendo instrumento nas mãos de Deus para levar um pecador a se arrepender. Minha esperança é que para cada ferido “em nome de Deus” apareça um bom samaritano que venha a cuidar de suas feridas. E, isso sim, será verdadeiramente feito em nome do perdoador, misericordioso, amoroso e gracioso Deus.



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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Pesquisa aponta aumento no número de igrejas evangélicas que apoiam o casamento gay
O número de igrejas evangélicas que apoia o casamento gay aumentou consideravelmente na última década. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa de Religião Pública, nos Estados Unidos.
Segundo a pesquisa, nos últimos anos os evangélicos têm mudado de opinião sobre o assunto, e muitos não se posicionam mais com completa oposição ao casamento gay, como é defendido por muitos religiosos cristãos que veem o homossexualismo como um grave pecado.
A pesquisa mostra que a mudança de opinião mais considerável em torno do polêmico assunto se encontrada entre os jovens evangélicos, já que seu apoio saltou de 20% em 2003, para 42% em 2014. Inclusive, a prática já é aceita em várias denominações nos Estados Unidos, e também no Brasil. Um dos exemplos dessa mudança de visão é o pastor Ryan Meeks, de 36 anos, da mega igreja EastLake, em Seattle, EUA.
– Eu me recuso a ir em uma igreja onde meus amigos que são gays sejam excluídos da comunhão, da aliança do casamento ou da beleza da comunidade cristã. Para mim, a mensagem de Jesus eram mensagens de grande inclusão – afirma Meeks, que afirma que a igreja está atrasada, e que encara a mudança como heresia – colocando o que a própria Bíblia diz em jogo.
– Cada movimento de reforma na história da igreja é rotulado como primeira heresia. O pentecostalismo está atrasado nisso. Temos uma dívida para pagar – completou o pastor, segundo a revista Time, defendendo uma nova forma de encarar a mensagem cristã.
Porém, o casamento gay ainda tem fortes opositores nas fileiras cristãs, como o pastor Russell Moore, que faz parte da Comissão de Ética da Convenção Batista do Sul, e acredita que os que defendem o casamento gay não são evangélicos, mas revisionistas que não apoiam a autoridade bíblica tradicional.
Ao criticar o que é defendido por muitos como uma  “nova forma” de interpretar a Bíblia pela ótica das mudanças na sociedade, Moore diz que os pontos de vista cristãos sempre estarão totalmente fora da lógica da sociedade.
O pastor Rick Warren, da Igreja Saddleback, na Califórnia, também defende que a igreja cristã deve permanecer firme em sua oposição ao casamento gay, e não deve ceder aos apelos populares ou às imposições geradas por mudanças sociais ou culturais.
– A Igreja nunca deve ser cativada pela cultura, manipulada pelos críticos, motivada por aplausos, frustrada por problemas, debilitada por distrações ou intimidada pelo mal. Temos que manter a corrida com o nosso olhar sobre a meta, e não sobre os gritos do lado da linha. Devemos ser guiados pelo Espírito Santo, com propósito e, por isso, que não podemos ser comprados, não vamos parar até que termine a corrida focada em missões – afirma o pastor.


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domingo, 4 de janeiro de 2015

Um Aviso Divino aos Pastores e Profetas 

Pastores qualificados e dedicados merecem o respeito e apoio das ovelhas por eles guiadas. Paulo disse: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino” (1 Timóteo 5:17). O autor de Hebreus nos ensina: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros” (Hebreus 13:17). Homens fiéis que amam a Deus e aceita a responsabilidade de ajudar seus irmãos chegarem ao céu devem ser tratados com respeito e apreço.
Infelizmente, alguns “pastores” não são dignos de honra. Alguns que se dizem conhecedores da palavra de Deus não são fiéis no seu ensinamento. Vamos considerar a mensagem de Jeremias 23 e algumas aplicações dela.
Jeremias profetizou nas últimas quatro décadas antes da queda de Judá à Babilônia. Ele chamou o povo, e especialmente os líderes dos judeus, ao arrependimento. Jeremias bem entendeu que o principal problema não foi uma questão de diplomacia ou poder militar. Este servo de Deus viu a corrupção do povo, de cima para baixo, como motivo do castigo divino iminente. No capítulo 23, ele apresenta uma mensagem de Deus que mostra a diferença entre o Pastor verdadeiro e fiel e os maus pastores que maltrataram as ovelhas do Senhor.

Ai dos pastores infiéis (Jeremias 23:1-4)
Deus falou aos líderes em Judá, dizendo que eram culpados de negligenciar e maltratar o rebanho dele. Preste atenção nos verbos que ele usa para descrever a conduta destes pastores: destruir, dispersar, afugentar e não cuidar. Pastores devem juntar alimentar, cuidar, guiar e proteger, mas os pastores de Israel faziam tudo ao contrário!
Outra coisa marcante neste parágrafo é a maneira que Deus fala do rebanho. Ele o descreve como “o meu povo”, “as ovelhas do meu pasto” e “as minhas ovelhas”. A linguagem dele mostra o problema raiz do comportamento errado dos líderes. Eles não amavam o povo como Deus o amava! Para eles, ser pastor era uma posição de destaque, honra e privilégio. Para Deus, ser pastor era uma posição de responsabilidade, sacrifício e amor.
Hoje, ainda há muitos que olham para o cargo de pastor como uma posição de honra a ser cobiçada. Buscam o destaque e desejam a honra diante dos homens. Ao invés de agir humildemente como pastores no rebanho local (veja 1 Pedro 5:1-3), apresentam-se em todo lugar com o “título” de pastor. Em outras palavras, “Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens” (Mateus 23:6-7). Tais pastores não qualificados não cuidam do rebanho como devem.
O Renovo de Davi (Jeremias 23:5-8)
Em contraste total com os pastores infiéis, Deus apresenta o Renovo de Davi, conhecido posteriormente como o Bom Pastor (João 10:11). As qualidades do Messias, destacadas neste trecho, identificam um pastor totalmente diferente daqueles corruptos em Judá. Este descendente de Davi é um Rei justo e sábio, que executa a justiça (5). “Enquanto os nomes dos infiéis cairiam em podridão (Provérbios 10:7), o nome deste Pastor é o mais exaltado de todos:”.. “Será este o seu nome, com que será chamado: Senhor, Justiça Nossa” (versículo 6). O Bom Pastor seria a manifestação perfeita da justiça de Deus, e é identificado claramente no Novo Testamento como Deus (YHWH, Yahweh, Jeová ou Javé – cf. Hebreus 1:10-12, uma citação do louvor dirigido a Deus em Salmo 102; compare João 1:1; 8:24,58; etc.).
O Bom Pastor e seus servos fiéis (cf. 3 e 4) alimentam e cuidam do rebanho, dando-lhe uma habitação segura. Este Pastor não é ladrão, salteador ou mercenário (João 10:8,10,13). Ele é o Filho sobre a casa, que dá esperança aos seus servos perseverantes (Hebreus 3:6).
Os líderes contaminados (Jeremias 23:9-15)
Jeremias sentiu o efeito da palavra do Santo Senhor e ficou doente por causa da maldade do povo (9-10). Ele viu o povo sofrendo o castigo merecido por ser adúltero e rebelde. Mas esta maldade não era apenas das multidões irreligiosas que não se importavam com as coisas de Deus. Os líderes espirituais praticavam e incentivavam a iniquidade! “Pois estão contaminados, tanto o profeta como o sacerdote; até na minha casa achei a sua maldade, diz o Senhor” (11). Aqueles que tinham o dever de mostrar o caminho da luz iam tropeçar e cair no escuro (12,15). Os falsos profetas de Judá eram piores do que os de Samaria (13-14), e Deus já havia destruído Samaria! Estes líderes apoiavam e até incentivavam práticas erradas.
Hoje, muitas pessoas que se dizem pastores e evangelistas fazem a mesma coisa. Pregando um evangelho diluído e atualizado para atrair pessoas carnais, continuam adulterando a palavra de Deus para manter a lealdade delas. A palavra de Deus não deve ser alterada e atualizada pelo homem, porque já é perfeita e eterna. Cabe a nós aceitá-la como servos humildes do Senhor.


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domingo, 12 de outubro de 2014

A Deus o que é de Deus

No decorrer da história da humanidade, muito tem se tentado entender os aspectos que separam a vida humana, daqueles que são especificamente parte da vontade de Deus, no seu relacionamento pessoal com o homem. Há um mal entendimento a esse respeito.
Vemos várias tentativas de humanizar o pensamento divino. E por fim, tratam a Deus achando que ele pensa como homem e, fazem essa troca confusa, dando crédito divino ao ser humano.
No livro de Mateus, capítulo 22:16-22, nos deparamos com uma situação vivida por Jesus, que pode servir como ilustração para o exposto acima. Trata-se de uma pergunta maliciosa. Os Judeus não conseguiram entender que o reino de Deus não era deste mundo, assim tentavam de qualquer forma induzir o Mestre contra o Estado.
"Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributo a César, ou não?" Mateus 22:17
Os fariseus esperavam que Jesus fosse um messias libertador  político. Queriam que ele liderasse uma revolução, uma espécie de guerra que expulsasse os romanos. O mestre porém vinha ensinando que a única coisa capaz de libertar verdadeiramente o homem da opressão, é uma mudança interior.
Espadas e armas causam uma falsa paz. Uma revolta combate  apenas os sintomas de uma opressão humana. Jesus pregava para combater a causa. A paz de Jesus é aquela que transforma o coração. Como interior renovado, ai sim se pode modificar o comportamento.
"Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes disse: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus." Mateus 22:21-22
O que é de Deus e o que é de César
Assim, aquela pergunta tem uma resposta certa. César, aqui, representa essa opressão humana sobre os demais. César representa este sistema humano que quer obter obediência através  do medo, pelo uso da força. "Dai a César o que é de César".
E este sistema humano sempre foi caracterizado pelas injustiças, desigualdades e preconceitos. Tudo isto é fruto de uma sociedade que se rebelou e escolheu viver longe de Deus. César é assim mesmo. Vem cheio de impostos e obrigações pesadas.
E há muitos que tratam Deus como se fosse César. Buscam um relacionamento com Deus através de barganhas e medos. Servem a Deus como que por uma obrigação, semelhante àquela dada a César.
Mas se César é símbolo do dinheiro, poder humano, a graça é o símbolo do poder de Deus. "Dai a Deus o que é de Deus". De Deus é um coração sincero. Deus espera uma obediência voluntária, não forçada, não constrangida.
A  Deus pertence uma adoração em espírito e em verdade. A Deus pertence as nossas boas obras, o autocontrole, o frear da língua. A Deus  pertence o compartilhar o amor, o perdão e o dividir o pão com o próximo. Enfim...e licito pagar tributo a Cesar?
Não devemos confundir. Não podemos também nos deixar manipular. Muitos usam deste texto e tentam atribuir a Deus, aquilo que seria de "César". Não se deixe enganar. A  Deus o que é de Deus e a César o que é de César.
Pra refletir

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Portanto, meus “amados, fugi da idolatria.” - Co 10.14

A idolatria evangélica se consolida de maneira incontestável. Não há como escapar das evidências gritantes que denunciam esta crescente onda de se prestar culto a deuses que vão sendo criados, sacramentados e adorados nos altares levantados pelo povo outrora avesso a tal prática.
Os templos deixaram de serem lugares de adoração e se transformaram em lugares adorados.
A idolatria por templos há muito vem se instalando entre as denominações que disputam a primazia arquitetônica. A idolatria aqui se configura nos milhões investidos em igrejas repletas de artifícios high tec, mas podem se manifestar no pretensioso e ambicioso futuro centro de romaria gospel podemos encontrar templos que consumiram milhões em dízimos e ofertas que hoje estão abandonados, porém, o cúmulo do absurdo é saber que há até denominações cometendo a insensatez de transformar templo em museu!
A pastorlatria, a bispolatria e a apostolatria chegam a níveis tão escabrosos que alguns deles já se auto intitulam “pais” e “patriarcas” – isto é idolatria pra diabo nenhum botar defeito!
Homens e mulheres que deveriam levar as pessoas à adoração ao único Deus roubam a glória do Criador com suas excentricidades e performances recheadas de efeitos especiais; com técnicas de oratória e muito, muito jogo de cena. Estes são capazes de gerar catarse coletiva em estádios lotados de gente ignorante das verdades bíblicas. Os tais estão longe da vida piedosa e da santidade características de verdadeiros servos de Deus.
Na era das celebridades instantâneas, cantores, bandas e outros artistas do meio evangélico levam plateias ao delírio – plateias estas, em sua grande maioria, atraídas pelos espetáculos de luzes e sons ou simplesmente interessados em seus ídolos, nada mais. Alguns ensaiam gritos que confessam seus pecados ao escancararem sua apostasia: “cadê você, eu vim aqui só pra te ver”.
Não poderia deixar de comentar sobre as famigeradas e idolátricas campanhas e correntes que se instalaram de tal maneira nas mais distintas denominações, deformando a prática da fé de tal forma que muitos crentes de hoje são tão viciados em patuás e mandingas à moda evangélica  que muitos deles não dão um passo sequer sem certas práticas ritualísticas, ou sem seus objetos de sorte. É fogueira santa pra cá; é sal grosso e rosa ungida pra lá… Enfim, tudo tão semelhante ao paganismo e pra macumbeiro nenhum botar defeito!
Mas, ainda há muitas coisas que os crentes modernos idolatram, há muitos crentes que idolatram seus próprios corpos, que dedicam horas e horas no facebook,  watzap, horas para alcançar um bumbum perfeito, mas não encontram tempo para orar e praticar devocional bíblica. Há os que idolatram seus bens, suas famílias, seus hobbies, suas empresas, suas agendas e até suas carreiras.
Toda idolatria é demoníaca, logo, crentes idólatras estão desviados e não têm parte com Deus. É preciso que haja reconhecimento de que tais práticas são reprováveis; faz-se também necessário o arrependimento e conversão genuínos, seguidos de sincera decisão em viver sob o domínio do Espírito Santo e a regência da Palavra. Só assim haverá libertação.                                              
Pra refletir
Pr. Aécio Felismino da Silva

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